26 de novembro;98 anos do nascimento da Madre Maria Penha

 

ASSIM ERA MARIA KRAEMER HAESBAERT

 

 

 

Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos (nos caminhos) da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor.

 

Daniel 12:3

 

Maria Kraemer Haesbaert, veio a este mundo aos 26 de novembro de 1915. Depois teria sido conhecida como, Maria Penha da Cruz, Religiosa de Maria Imaculada.

 

Hoje celebramos seus 98 anos, não de idade, mas sim de nascimento.

 

Viu a luz dos lampiões e, após, a luz do dia, na cidade de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, região do extremo sul da pátria brasileira.

 

Quem visse a bela Maricota, como era apelidada em menina, com mimosos cachos de cabelos que a fotografia nos recorda, não diria estar com a saúde seriamente comprometida, já aos 3 anos, por pertinaz enfermidade.

 

Seus pequeninos pulmões carregaram, até os 18 anos, as consequências daquele período de doenças generalizadas que tantas vítimas fizeram na população mundial em seguimento à guerra de 1914.

 

Constante objeto de cuidados especiais e protegida contra qualquer ameaça à saúde combalida, a jovem Maria foi sendo criada assim num ambiente de atenções a que era assaz sensível e muito agradecida. Recompensava seus familiares com o dom de sua meiga alegria e conformidade, evitando formular queixas e em tudo colaborando no afã de obter, um dia, a cura desejada ardentemente.

 

Esta sobreveio e, quiçá, estava nos planos da Divina Providência, pois, quando não mais se contava, eis que novos médicos intervêm no seu tratamento, com outras terapêuticas, e ela se restabelece, adquire forças e apruma-se como um ser igual aos demais, sem restrições de saúde.  E trata de recuperar o tempo decorrido na moléstia.

 

Sem o menor complexo e brincalhona como sempre, matriculou-se no Grupo Escolar Paula Soares, onde foi co-discípula, na idade de ser professora, de meninos e meninas de doze anos. Divertia-se muito com tal situação e levava a sério o estudo, pois queria ser professora de fato. Nos dias de parada da mocidade, no entanto, as suas mestras lhe conferiam um lugar de destaque, fazendo-a desfilar como se fora membro do corpo docente.

 

Ao mesmo tempo – era 1935, 1936, 1937 e 1938 – ela frequentava, como secretária, o C.J.C. – Centro da Juventude Católica Elisabeth Leckeur, da paróquia N. Sra. da Glória, sob orientação do Rev. P. Afonso Schmidt, destacado apóstolo da juventude daqueles tempos.

 

Não era namoradeira e não importaria se o fosse. Raramente ia a bailes. Mas era sociável, depois de curada, e dava-se bem com as moças e rapazes de sua idade e de sua zona. Por ser naturalmente agradável, era muito  querida por todos.

Aproximou-se do mundo e o mundo não a contaminou.

Era esbelta, delicada e pura. Tinha a unção dos corações ardentes e a inocência das crianças boas. E Nosso Senhor lhe reservava uma grande recompensa.

Cativaram-se as Religiosas de Maria Imaculada, da rua Gomes Carneiro, no Bairro N. Sra. Medianeira, vizinhas à casa dela, do seu jeito meigo e também decidido. E, a pretexto de servirem as loiras tranças de seus cabelos para ela figurar como Izabel da Hungria, convidaram Maria para representar no teatrinho do colégio. E imediatamente, a conquistaram.

Ir. Maria Penha da Cruz soube viver seu carisma: o dom de toda sua pessoa, todo seu ser a serviço de Deus e dos irmãos.

A mensagem que Ir. Maria Penha da Cruz deixa para todos nós é a alegria do cristão e do religioso em seguir a Jesus no dia-a-dia, buscando em tudo a vontade do Pai.

 

Lá do céu, Ir. Maria Penha da Cruz intercede por nós e está conosco através da comunhão (comum-união) dos santos, ajudando-nos na luta de cada dia.

 

Temos mais uma amiga no céu!        (Ir. Antonia Maria Pegoraro, F.P.C.C.2)